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Ceratocone

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O que é?
Centro Catarinense de Tratamento do Ceratocone
Classificações
Exames
Tratamentos
O que é?

O que é?

A córnea é uma estrutura transparente, quase esférica e regular. Através dela penetram os raios luminosos que são captados pela retina (fundo do olho). Qualquer distorção na córnea causa redução na qualidade da imagem que chega à retina.

Ceratocone é uma doença não inflamatória da córnea na qual a baixa rigidez do colágeno corneano permite que a área central ou paracentral assuma forma cônica (do grego: “kerato” significa córnea e “conus” forma cônica). A córnea tornando-se progressivamente mais fina e irregular, resultando na distorção das imagens.

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Essa irregularidade, na maioria dos casos, causa baixa visual não recuperável com óculos, isto é, mesmo com um bom exame de refração a acuidade visual não é boa. As lentes de contato (LC) rígidas ou gelatinosas especiais costumam propiciar boa visão, pois simulam uma nova superfície corneana regular. A evolução da doença pode levar o paciente a ser intolerante às LC e necessitar de um procedimento cirúrgico como anel intracorneano (Anel de Ferrara). O transplante de córnea é realizado somente em 10% dos casos, quando a progressão provoca cicatrizes corneanas ou quando a visão não é satisfatória com os tratamentos anteriores.

O ceratocone geralmente aparece na adolescência ou em adultos jovens e progride até 35 a 40 anos de idade. Afeta em torno de 1 para cada 2000 pessoas.
A progressão normalmente é lenta, mas pode haver períodos de tempo em que a piora é rápida. É impossível prever qual a velocidade de progressão ou se ela vai realmente ocorrer em um determinado caso. Os jovens com doenças avançadas têm maior chance de progressão, enquanto que após os 35 anos de idade a doença dificilmente piora.

No início, o diagnóstico pode ser difícil, pois o exame biomicroscópico (utilizado para avaliar a córnea em grande aumento) é praticamente normal. Muitas vezes, o oftalmologista diagnostica somente astigmatismo e miopia. O astigmatismo decorre da irregularidade e a miopia do abaulamento corneano. A minoria dos pacientes com ceratocone tem hipermetropia. Nas situações iniciais, o diagnóstico é feito utilizando-se o exame chamado topografia e/ou tomografia de córnea (mais detalhes na parte de exames). Esses também são os melhores exames para avaliar objetivamente a progressão da doença.

Em mais de 90% dos casos o ceratocone acomete os dois olhos, entretanto, um dos olhos geralmente é mais afetado que o outro. Homens e mulheres são afetados na mesma proporção.

As causas específicas ainda não são conhecidas, mas a origem mais provável é a genética. Apesar disto, somente 20% dos pacientes com ceratocone tem alguém na família com a doença. Quando não existirem casos na família a probabilidade dos filhos terem ceratocone é menor que 15%. Os pacientes que apresentam predisposição e tem o hábito de coçar os olhos, geralmente vão ter uma doença mais precoce e mais avançada. O ato de coçar os olhos altera a composição das enzimas na córnea, o que reduzem ainda mais sua resistência.

NOTA DE ESCLARECIMENTO
NOTA DE ESCLARECIMENTO DO CENTRO CATARINENSE DE TRATAMENTO DO CERATOCONE (CCTC) EM RELAÇÃO À REPORTAGEM DO PROGRAMA FANTÁSTICO, EXIBIDO EM 16/02/2014 (http://g1.globo.com/fantastico/videos/v/v/3152248/)

O vídeo mostra a história de um atleta, portador de ceratocone, que estava ficando cego. Quase teve que abandonar o esporte, mas foi submetido a um tratamento inovador e voltou a enxergar. O Centro Catarinense de Tratamento do Ceratocone esclarece algumas informações equivocadas que aparecem neste vídeo:

O ceratocone não é uma doença rara. Ela acomete cerca de 1 para cada 1000 pessoas.
O ceratocone é uma degeneração corneana, que, ao contrário do que é mostrado no vídeo, não leva à cegueira. Atualmente, temos vários tratamentos disponíveis para melhora da visão, e mesmo nos estágios mais avançados da doença, é possível fazer o transplante de córnea. O transplante de córnea tem a finalidade de trocar a córnea doente, por uma córnea doada, sem doença, permitindo a recuperação visual do paciente.
A aplicação da vitamina Riboflavina, associada à luz ultra-violeta, também conhecida como Crosslinking do colágeno, é um tratamento que já existe há cerca de 10 anos, e visa estacionar a doença, ou seja, evita a piora do ceratocone. Ao contrário do afirmado na reportagem, este procedimento não diminui a sensibilidade à luz (fotofobia).
Para mais informações sobre o Crosslinking, acesse: https://www.sadalla.com.br/especialidades-oftalmologia/ceratocone/
Não existe implante de lente na face interna da córnea, conforme ilustrado na reportagem. Alguns tratamentos disponíveis para melhorar a visão do portador de ceratocone, são as lentes de contato (que são adaptadas por fora do olho), os anéis intracorneanos (conhecidos como anel de Ferrara) e, para casos selecionados, o implante de lentes intraoculares, também chamadas de lentes fácicas. Essas lentes têm objetivo principal de correção de altos graus de miopia, porém não corrigem o astigmatismo irregular ocasionado pela doença, principal causa de baixa visão no ceratocone. O Hospital de Olhos Sadalla Amin Ghanem implanta essas lentes há quase de 20 anos. Mais informações no link do nosso centro de laser: http://www.sadallalaser.com.br
Para maiores informações a respeito do ceratocone e seu tratamento, visite http://www.cctc.com.br/. Consulte seu oftalmologista para a indicação do melhor tratamento para o seu caso.

Equipe do CCTC – Centro Catarinense de Tratamento de Ceratocone
Hospital de Olhos Sadalla Amin Ghanem

Centro Catarinense de Tratamento do Ceratocone

Centro Catarinense de Tratamento do Ceratocone

sadalla-ceracotone-fotoO CCTC – Centro Catarinense de Tratamento do Ceratocone é uma iniciativa do Departamento de Córnea e Lentes de Contato do Hospital de Olhos Sadalla Amin Ghanem, que tem como objetivo prestar um atendimento unificado e integral aos pacientes com ceratocone.

No CCTC o paciente com ceratocone encontra um Departamento de Lentes de Contato (LC) com experiência de mais de 39 anos, sob a responsabilidade da Dra. Cleusa Coral-Ghanem. No Departamento de LC encontram-se todos os tipos de lentes rígidas e gelatinosas especiais, além de lentes híbridas e adaptação em piggyback (rígida sobre gelatinosa). Além disso, o CCTC possui cirurgiões com especialização no tratamento do ceratocone, incluindo implante de anel de ferrara, crosslinking e transplante de córnea. Também são realizados transplantes lamelares profundos, que reduzem o risco de rejeição, infecção e aumentam a sobrevida do transplante.

Para os pacientes que apresentam necessidade de correção óptica após o transplante, o CCTC possui lentes especiais e os maiores avanços no tratamento desses graus com cirurgia refrativa a laser. Tratamentos personalizados na topografia corneana e nas aberrações ópticas também são realizados.

Graças aos avanços da medicina e da tecnologia, hoje já existem várias alternativas para melhorar a visão e controlar a progressão desta doença. Nossa equipe, preocupada com o bem-estar dos pacientes, atualiza-se constantemente e traz para o Hospital de Olhos Sadalla Amin Ghanem todas as novidades para o diagnóstico, controle e tratamento dos problemas oculares.

cctc-1

Classificações

Classificações

A córnea normal pode apresentar astigmatismo regular naturalmente, entretanto quando há irregularidade o diagnóstico de ceratocone deve ser suspeitado.

Conforme as Medidas Ceratométricas, considerando o meridiano mais curvo:

– Incipiente (Grau I): até 47,00 D
– Moderado (Grau II): acima de 47,00 D até 52,00 D
– Avançado (Grau III): acima de 52,00 D até 60,00 D
– Severo (Grau IV): acima 60,00 D

Conforme a Morfologia

cone-redondo
Cone Redondo (Nipple Cone)
Consiste de uma pequena ectasia próxima do centro, menor do que 5 mm de diâmetro (Ø) cercada quase 360º de zona intermediária de córnea normal; presença ocasional de um nódulo fibroblástico elevado no ápice da córnea, daí o nome de ceratocone em bico (nipple).
cone-oval
Cone Oval (Sagging Cone)
É a forma mais comum de ceratocone avançado. O ápice corneal apresenta-se deslocado abaixo da linha mediana, resultando em graus variados de encurvamento na zona mediana periférica inferior. Esse deslocamento da córnea inferior cria uma ilha de córnea superior normal ou mais plana do que a normal, de praticamente 180º.
cone-globoso
Cone Globoso (Globus Cone)
É a forma de cone que abrange quase 3/4 da superfície corneal. Diferente da forma avançada do ceratocone em bico ou do oval, o globoso não tem ilha de meia periferia de córnea normal, acima ou abaixo da linha mediana.

Conforme a Videoceratoscopia Computadorizada (Topografia)

De acordo com a forma e localização de seu ápice:
– Ceratocone central – O ápice está localizado dentro dos 3 mm centrais. Subdividem-se em dois padrões topográficos: simétrico e assimétrico.
– Ceratocone paracentral – O ápice localiza-se entre 3 e 5 mm.
– Ceratocone periférico – O ápice está localizado além dos 5 mm. Subdivide-se em: periférico inferior (nasal e temporal) e superior (nasal e temporal).
– Ceratocone indefinido – Quando não pode ser enquadrado nas descrições anteriores.

Ainda existe a distrofia corneana semelhante ao ceratocone que se chama Degeneração Marginal Pelúcida.

Exames

Exames

Ceratometria
O ceratômetro é um aparelho óptico que mede a curvatura anterior da córnea nos seus 3 mm centrais. A medida da curvatura é feita nos 2 meridianos primários, um vertical e outro horizontal, distantes 90° um do outro.

Quanto mais uniforme for a superfície da córnea, mais precisas serão as medidas. No caso de ceratocone as miras podem se apresentar deformadas e de contornos irregulares. Como o ceratômetro mede uma área pequena e limitada da córnea, avaliações adicionais com a topografia e a tomografia corneana são fundamentais.

Neste caso, as medidas não são exatas pois as miras se duplicam, dificultando a leitura.

Topografia Corneal Computadorizada
A topografia computadorizada é um excelente instrumento para confirmar o diagnóstico de ceratocone, mesmo quando os sinais característicos ainda não são observados. A localização do ápice e a progressão da doença podem ser visualizadas facilmente quando se analisam os mapas coloridos, o que permite classificar a doença.

Os topógrafos computadorizados, medem em torno de 95% da superfície corneal. A maioria se baseia no princípio do Disco de Plácido, que utiliza a córnea como um espelho refletor, projetando uma serie de anéis sobre ela. Esses anéis são captados, analisados e codificados em cores, gerando mapas de curvatura.

Tomografia Corneal - Orbscan IIz
Os topógrafos mais modernos usam o princípio da rasterfotogrametria e a varredura com iluminação em fenda (ORBSCAN IIz) gerando não só os mapas de curvatura, mas também mapas de elevação e espessura da córnea. Calcula também o espaço da câmara anterior e o tamanho visível da íris. São também chamados tomógrafos do segmento anterior.

Figura 5 O Orbscan II faz o diagnóstico diferencial entre ceratocone e distorção de córnea. O mapa de elevação é mais importante do que o de curvatura para confirmar o diagnóstico precoce do ceratocone porque não somente a curvatura anterior, mas também a posterior são afetadas nessa doença.

Orbscan de uma córnea normal, mostrando mapas de elevação anterior e posterior (superior à esquerda e à direita, respectivamente), mapa de curvatura (inferior à esquerda) e mapa de espessura corneana (inferior à direita).

Orbscan de uma córnea com ceratocone, mostrando encurvamento e afilamento acentuado da córnea.

Algumas pessoas que têm ceratocone posterior, não visível na superfície anterior, podem não apresentar manifestações visuais. Além disso, o mapa de espessura da córnea fornece dados característicos, que no ceratocone, geralmente, é assimétrico e com o ponto mais fino da córnea menor que 500 micra.

Paquimetria Ultrassônica
A paquimetria ultrassônica tem como objetivo medir a espessura corneana. Ela é utilizada na avaliação pré-operatória de cirurgias refrativas, em glaucoma, alguns casos de catarata e doenças corneanas.

Não é necessária a dilatação da pupila para a realização do exame, utiliza-se apenas uma gota de colírio anestésico em cada olho, pois a sonda do aparelho toca levemente a córnea. O resultado do exame é imediato.

Tratamentos

Tratamentos

Lentes de Contato
Na fase inicial da doença, quando o astigmatismo irregular é pequeno, a correção visual pode ser feita com óculos. Para outros estágios, indicam-se lentes de contato (LC).

No CCTC, o paciente com ceratocone encontra um Departamento de Lentes de Contato com experiência de mais de 30 anos, sob a responsabilidade da Dra. Cleusa Coral-Ghanem.
As LC representam a primeira opção para recuperação visual porque substituem a superfície irregular da córnea por outra regular. Elas permitem melhora da visão, mesmo nos graus avançados da doença, mas não evitam a sua progressão.

Existem muitos desenhos e tipos de lentes para adaptação em ceratocone. O modelo ideal é determinado de acordo com a forma do cone, evolução da doença e os testes com lentes de prova.

Além das rígidas gás-permeáveis de desenho esférico que é o mais comum, são fabricadas lentes asféricas, e outras com zona óptica esférica e periféricas asféricas. Esses desenhos são ideais para cones paracentrais e periféricos.

As lentes bicurvas tipo Soper, policurvas tipo McGuire e outras, são usadas geralmente em cones moderados a avançados com localização central ou paracentral, pois seu desenho protege a essa região mais elevada do cone.

Quando a adaptação de lentes rígidas gás permeáveis não é bem tolerada pelo paciente ou gera problemas recorrentes pelo toque da LC, pode-se utilizar LC gelatinosas desenhos especiais com o centro mais encorpado, lentes em sistema piggyback (uma lente rigida sobre uma lente gelatinosa) ou ainda lentes com material híbrido (rígido no centro e gelatinoso na borda).

Anel Intracorneal
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Os anéis intracorneais são indicados para pacientes com ceratocone que apresentam dificuldade visual com o uso de óculos e intolerância ao uso de lentes de contato. Tem a função de melhorar a visão através da regularização da córnea, com diminuição do astigmatismo e/ou da curvatura corneana. São recomendados apenas para alguns tipos e graus de ceratocone, em córneas transparentes.

O anel, fabricado com polimetil-metacrilato (acrílico), transparente e ultrafino, é implantado cirurgicamente na periferia da córnea, através de uma microincisão (1mm), sob anestesia tópica e fica localizado no interior da córnea. Os anéis são implantados a uma profundidade de cerca de 80% da espessura corneana.

Esse procedimento é rápido (cerca de 20 minutos) e indolor e apresenta baixo índice de complicações. É uma técnica reversível (os anéis podem ser removidos se produzirem algum efeito indesejado) e ajustável (os anéis podem ser modificados ou substituídos). Na maioria das vezes, é necessário readaptar LC (rígidas ou gelatinosas) ou utilizar óculos para corrigir o grau restante.

O Anel intracorneal que utilizamos no CCTC é o Anel de Ferrara. Esse procedimento é realizado no Hospital de Olhos Sadalla Amin Ghanem desde 2002, tendo os cirurgiões do CCTC experiência de muitas centenas de casos.

Perguntas Frequentes

Quantos segmentos de anéis são implantados?
Em geral são implantados dois segmentos de anel, mas em vários casos, quando o ceratocone é mais periférico, pode ser implantado somente 1 segmento de anel. Na figura abaixo observa-se um implante de segmento único inferior e o resultado no mapa topográfico diferencial, com redução importante do astigmatismo.

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Como é a recuperação visual após o implante dos anéis?
A recuperação visual é gradual. Ocorre de maneira mais significativa nas primeiras semanas, levando em torno de 3 meses até a estabilização. Após esse período são prescritos novos óculos ou lentes de contato, caso necessário.

Quais são os benefícios e riscos do implante dos anéis?
Pode ocorrer a diminuição do grau de astigmatismo e melhora da visão. O resultado, entretanto, é variável, podendo ocorrer melhora significativa da visão em alguns casos e nenhuma melhora em outros.

Na cirurgia de implante de anéis os riscos são muitos pequenos. Entre as complicações que eventualmente podem ocorrer temos: infecção; dificuldades de tunelização da córnea obrigando o cirurgião a interromper a cirurgia; troca do anel em caso de hipo e hipercorreção (correção maior ou menor que a planejada); perda da transparência da córnea; deslocamento ou extrusão do anel implantado (algumas vezes necessitando de reposicionamento ou troca do anel); reflexos visíveis do anel implantado (brilho na visão, principalmente noturno); mudança significativa do grau dos óculos ou lentes de contato; entre outras.

O que pode ser feito caso não ocorra melhora após a cirurgia?
Alguns pacientes podem necessitar modificação do local ou tamanho do anel para que ocorra melhora da visão. Pode ser necessário, em raros casos, remoção dos anéis. Em ceratocones muito avançados, pode ser necessário o transplante de córnea. A presença dos anéis não trará prejuízo caso o paciente necessite dessa cirurgia.

Quais as indicações dos anéis intracorneais?
Os anéis podem ser indicados em pacientes com ceratocone sem cicatrizes corneanas, que apresentem baixa visual com óculos e tenham intolerância ou não tenham se adaptado às LC. Os melhores resultados são observados em córneas com curvatura até 55 dioptrias e que não sejam muito finas (> 400 um na área de 5 mm). O implante de anéis pode e deve ser associado ao Crosslinking caso o ceratocone esteja em evolução.

Crosslinking do Colágeno
figura1O Crosslinking do Colágeno Corneano é indicado para evitar a progressão do ceratocone. O tratamento consiste em desepitelizar a córnea após anestesia tópica (colírio), instilar riboflavina (vitamina B2) e aplicar luz UV-A por 10 min. Tem como finalidade aumentar o número de ligações covalentes entre as fibras de colágeno para fortalecer a córnea e estabilizar a doença.

Os pacientes devem ter pelo menos 14 anos de idade e espessura corneana mínima de 400 µm no ponto mais fino. É contra-indicado para casos com cicatrizes na área central da córnea. Essa técnica, realizada na Europa desde 2000, tem apresentado excelentes resultados e risco mínimo de complicações.

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Crosslinking no CCTC
O CCTC foi o pioneiro no Estado na realização do Crosslinking, iniciando em 2007, atualmente com experiência de centenas de procedimentos. A terapia fortalece a córnea e evita a progressão da doença, o que permite que muitos pacientes permaneçam em estágios iniciais, evitando a evolução para transplante de córnea. Os médicos do CCTC ministram palestras em congressos nacionais e internacionais, demonstrando os excelentes resultados alcançados com o tratamento.

O Hospital de Olhos Sadalla Amin Ghanem adquiriu, recentemente, o equipamento Crosslinking UV-X2000 para auxílio no tratamento do ceratocone. O Fabricante IROC, da Suíça, com esse novo equipamento, melhorou a eficiência e reduziu o tempo do procedimento. A inovação permite reduzir o tempo cirúrgico em 20 minutos, passando de 30 para 10 minutos – técnica conhecida como accelerated-crosslinking. A melhoria representa uma evolução no tratamento do ceratocone, sendo hoje a tecnologia mais avançada de crosslinking. Apresenta sistema de vídeo integrado para controle de fixação e leds para perfeita centralização e distância focal. A emissão luminosa é extremamente estável e homogênea, comprovada por vários estudos publicados.

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O que muda no olho com o tratamento?

oquemuda_olhoNão há alteração estética no olho após o tratamento. Ao microscópio podem ser observadas as linhas de contração do colágeno corneano, o que é responsável pelo aumento da rigidez corneana. O acompanhamento é feito através de exames semestrais para avaliar principalmente a visão do paciente, a curvatura corneana e o astigmatismo.

Perguntas Frequentes

Quais as indicações atuais?
1. Idade > 14 anos;
2. Ceratocones em evolução de Grau I a III;
3. Degeneração marginal pelúcida em evolução;
4. Ectasias iatrogênicas pós-cirurgia refrativa;
5. Espessura corneana < 400 um;
6. Presença de cicatrizes corneanas densas;


Como é feito o tratamento?

O tratamento inicia-se pela anestesia, que é realizada com 3 gotas de colírio (anestesia tópica), seguido de remoção do epitélio da córnea (células da superfície corneana que regeneram posteriormente) com espátula, nos 9-mm centrais. O epitélio deve ser removido para que ocorra a penetração da Riboflavina (Vitamina B2) na córnea. Esta é aplicada através de gotas, por 30 minutos. Procede-se com a aplicação da luz UV-A por 10 minutos. O procedimento dura cerca de 40 minutos e termina com a colocação de uma lente de contato terapêutica que servirá como um “curativo” enquanto o epitélio cicatriza, o que leva em torno de 7 dias. Após 7 dias a lente de contato deve ser removida. O paciente utiliza colírios antibióticos por 7 dias e anti-inflamatórios por 1 mês. Os pacientes que usavam lentes de contato rígidas podem reiniciar seu uso após 2 meses.

Como é a recuperação? Há dor?
Até a retirada da lente de contato pode haver desconforto ocular associado a sensação de corpo estranho, ardência, lacrimejamento e dor leve a moderada. Após esse período os sintomas diminuem muito. A recuperação visual é gradual, em geral, voltando ao normal após 30 dias. Após o primeiro mês há certa estabilização da visão, podendo ocorrer sua melhora gradativa a partir de então. Alguns pacientes, entretanto, podem levar até 3 a 6 meses para melhora completa.

É importante salientar que a maioria dos pacientes requer alguma forma de correção visual (óculos ou lentes de contato) após a cirurgia, com objetivo de obter melhor visão.

O Crosslinking deve ser repetido?
O tratamento é realizado somente uma vez (sessão única) e sabe-se que seu efeito dura pelo menos de 5 a 7 anos. Não existem estudos que demonstram a necessidade de novas aplicações no futuro, porém essa hipótese deve ser considerada em pacientes mais jovens.

Quais são os riscos?
Os riscos desta cirurgia são mínimos. Entre as complicações que eventualmente podem ocorrer temos: infecção; perda da transparência ou inchaço da córnea; visão dupla ou embaçada; leve ptose (queda) palpebral (temporário); edema (inchaço) ao redor do olho (temporário); irritação ocular (ressecamento ocular com coceira, ardência, sensação de areia e lacrimejamento)(temporário); reflexos luminosos (ofuscamento visual). Ainda não existem casos descritos de complicações relacionadas à radiação UV-A, como catarata ou doenças da retina. A maioria das complicações acima descritas são tratadas e solucionadas, ou ainda podem melhorar espontaneamente.

Que exames são realizados antes e após o Crosslinking?
De rotina realizamos:
1. Topografia corneana – avalia a curvatura corneana;
2. Tomografia corneana – avalia a estrutura corneana, curvatura e espessura central e no ponto mais fino;
3. Paquimetria ultrassônica – avalia a espessura central;
4. Aberrometria corneana – avalia as aberrações corneanas de baixa e alta ordem;
5. Aberrometria ocular – avalia as aberrações oculares internas;
6. Estesiometria – avalia a sensibilidade corneana com estesiômetro de Cochet-Bonnnet;
7. Teste de Schirmer – avalia a produção lacrimal;
8. Microscopia especular – faz a contagem das células da parte posterior da córnea (endotélio).

Os exames são realizados antes (ou no dia do tratamento) e após 6, 12 e 24 meses. Após o primeiro ano o acompanhamento é anual.

Transplante de Córnea

Clique aqui e saiba mais
Indica-se quando a córnea apresenta cicatrizes ou para ceratocones avançados quando não se obtém boa visão com LC. Em um estudo sobre ceratocone realizado no Hospital de Olhos Sadalla Amin Ghanem, dos 881 olhos avaliados, 85% atingiram boa visão com lentes de contato e somente 5% precisaram ser submetidos a transplante de córnea.
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A finalidade do transplante é substituir a porção central da córnea doente por uma córnea sadia doadora. Existem duas técnicas principais:

Transplante de Córnea Penetrante
Técnica de transplante mais utilizada em ceratocone, com a qual se substitui toda espessura da córnea. O tempo de recuperação varia de 6 a 12 meses e o sucesso é cerca de 90% em 5 anos e reduzi-se com o tempo.

Clique nos links abaixo para ver os passos do transplante de córnea penetrante.

– Córnea com ceratocone preparada para o transplante.
– Trepanação da córnea receptora (com ceratocone) utilizando trépano à vácuo.
– Córnea receptora é removida para permitir a sutura da córnea doadora.
– Córnea doadora é suturada com a técnica de 12 pontos interrompidos e 1 ponto contínuo 360º.
– Final da cirurgia.
– Pós-operatório do transplante penetrante de córnea.

Transplante Lamelar Profundo
Técnica que remove apenas as camadas anteriores da córnea. É difícil de ser realizada, mas representa uma boa opção quando a parte interna da córnea (endotélio) está saudável. A técnica mais utilizada é chamada de “Big Bubble” (Grande Bolha), pois ar é injetado na córnea para facilitar a separação entre as camadas superficiais e profundas (ver imagem). Nessa técnica, somente as 2 camadas mais internas (endotélio e membrana de Descemet) permanecem, enquanto que as 3 camadas anteriores (epitélio, camada de Bowmann e estroma) são substituídas.

Clique nos links abaixo para ver os passos do transplante lamelar profundo.

– Trepanação da córnea receptora (com ceratocone) utilizando trépano à vácuo.
– Injeção de ar na córnea para facilitar a separação entre suas camadas.
– Dissipação do ar internamente na córnea.
– Dissipação do ar internamente na córnea II.
– Remoção das camadas superficiais da córnea.
– Retoques finais antes de receber a córnea doadora. A membrana de Descemet e o endotélio que permaneceram são tão finos que são praticamente imperceptíveis na fotografia.
– Leito receptor recebendo a córnea doadora.
– Córnea doadora é suturada com a técnica de 16 pontos interrompidos.

As vantagens em relação ao transplante penetrante são: menor tempo de recuperação, maior sobrevida do transplante, menor risco de infecção e de rejeição.

Em uma córnea normal o endotélio (camada mais interna) é a que determina a sobrevida da mesma. Além disso, é a porção da córnea mais antigênica, isto é, que mais induz rejeição (aproximadamente 70 a 80% dos casos). Uma vez que no transplante lamelar profundo o endotélio não é substituído, a sua sobrevida é igual a de uma córnea normal (o ceratocone apresenta endotélio absolutamente normal) e não haverá a rejeição endotelial.

Complicações
A principal complicação de um transplante de córnea é o astigmatismo residual. Os estudos mostram que o astigmatismo corneano médio pós-transplante é de 4 graus (dioptrias) após 1 ano. O controle do astigmatismo é realizado durante a retirada de pontos no pós-operatório. Essa retirada dos pontos é gradual e inicia-se após 3 a 6 meses, dependendo da técnica de sutura utilizada. Outras complicações podem ocorrer em qualquer técnica de transplante, como: infecção, rejeição, glaucoma, distorção pupilar e defeitos de cicatrização.

Especialistas da Área

Dra. Cleusa Coral-Ghanem
Dra. Cleusa Coral-Ghanem
CRM: 1234
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Dr. Newton R. Salerno
Dr. Newton R. Salerno
CRM: 1406
CURRÍCULO
Dr. Ramon Coral Ghanem
Dr. Ramon Coral Ghanem
CRM: 12887
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Dr. Fernando Komatsu
Dr. Fernando Komatsu
CRM: 19688
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Dr. Jeferson Lautert
Dr. Jeferson Lautert
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Dra. Veralúcia Ferreira Oliveira Responsável Técnica - Oftalmologista CRM-SC 4160/ RQE 1972

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